COMO LIDAR COM O LUTO EM VIDA?

Tempo de leitura: 1 minuto

Como lidar com o luto ao saber que seu familiar doente não vai se reabilitar?

Você vive ou já viveu alguma situação parecida?

Isso pode acontecer principalmente com doenças degenerativas, tais como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), onde o paciente não se reabilita. Pelo contrário, ele perde funções a cada dia.

“Muitas vezes o que o tratamento consegue é atrasar essa perda de funções.

E como é para o cuidador lidar com esses momentos que podem durar meses e até anos?

Como é para você cuidadora ver diariamente o seu familiar cada dia mais dependente?

Surge aí um cansaço emocional muito grande e questões morais importantes de serem levadas em conta. Isso porque, o cuidador perceberá que essa situação estressante pela qual ele passa cuidando de um familiar só acabará quando o seu familiar falecer.

Uma situação difícil, complicada e que gera muita culpa nos cuidadores. Um dos momentos de maior estresse do cuidado, eu diria.

Isso porque, por um lado, o cuidador passa pelo luto da perda em vida de seu familiar que vai embora aos poucos e já não responde mais como anteriormente. E por outro lado, há a necessidade de intensificação dos cuidados ao familiar doente.

Surgem sentimentos ambíguos, frustrações, sentimentos misturados. Uma confusão só!

E você, cuidadora? Já precisou lidar com o luto em vida? Passa por isso?

Deixe seu comentário logo abaixo e compartilhe cuidado conosco! 😉

Nos vemos no próximo post! Até mais.

14 Comentários

  1. Monica

    Cuido de minha mamãe com demência.
    Ela faz pequenas atividades como ajudar a limpar um feijão, descascar batatas legumes e faz ainda com perfeição com seus 82 anos e 9 meses.
    Mas é difícil ver outras atividades aos poucos se tornando tão difíceis como tomar banho regularmente, higiene pessoal, dificuldades para andar e se manter ereta.
    Lembrar do vigor e da força com a qual criou 8 filhos e cuidou de tudo e hj ver este processo de fragilidade é tão doloroso.
    Cuido com o melhor que posso mas sempre acho que posso fazer mais.
    O luto em vida é não só a perda dela mas a minha tb .
    Me sinto morrendo junto

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Monica! Vc descreveu com muita precisão seus sentimentos. É isso mesmo que vai ocorrendo e esta fragilidade do outro pode nos machucar muito. Como disse já em outras oportunidades, podemos sempre fazer nosso melhor e cuidar de tudo (tenho certeza que vc faz o seu melhor), mas nunca será sem sofrimento. Que bom que está aqui conosco compartilhando cuidado! Obrigada pelo comentário. Forte abraço

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      1. Soraia Boldarine

        Ednilda, é um momento tão complicado emocionalmente né? Espero que esteja bem. Abraços

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  2. Adelina

    Como sofri com esses problemas minha mãe tinha Efizema pulmonar com uso de oxigênio em casa foram 5 anos muito complicados sem gente pra ajudar meus irmãos não colaboraram como devia e eu me desdobrava em tudo , e cada dia eu ia perdendo minha mãe aos poucos .A 2 meses ela faleceu e eu me encontro doente e sem rumo um buraco sem fim dentro de mim nem sei por onde recomeçar minha vida.Adelina

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    1. Soraia Boldarine

      Adelina, obrigada pelo seu comentário e por estar aqui conosco. Realmente cuidar não é uma tarefa fácil, pois ela nos consome física e emocionalmente. Mas perceba que, não foi porque vc cuidou com muito amor e carinho de sua mãe que ela não morreria. Não somos imortais. A importância do cuidado está em justamente ter conforto e dignidade na hora de nossa morte. Agora é a sua vez de cuidar de vc, de redescobrir o que gosta e o que quer fazer com sua vida. Forte abraço

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  3. Marcia Olympia

    Olá sou Marcia tenho 55 anos minha mãe tem 79 anos e há dez anos é portadora de Da até pouco tempo me se ntia muito feliz por estar dando certo o tratamento mesmo ela perdendo algumas funções, mas infelizmente hj tenho está sensação de impotencia corri muito contra o tempo na esperança de conseguir adiar mais, mas infelizmente ela está cada vez pior n consegue cuidar nem de sua higiene pessoal e sempre foi muito cuidadosa com isto. Agora eu realmente me sinto morrendo um pouco cada dia não sei se é melhor tudo acontecer mais rápido ou continuar nesta tortura e peço perdão a Deus por este pensamento . Mas não estou aguentando mais.

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    1. Soraia Boldarine

      Marcia, obrigada pelo seu comentário e por estar aqui conosco. Perceba que, não é porque vc cuida com muito amor e carinho de sua mãe que ela não passará pelo que tiver que passar. A importância do cuidado está em justamente ter conforto e dignidade no final da vida e na hora de nossa morte. Tenho certeza que vc faz o seu melhor! Forte abraço

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  4. Ilidia

    Cuidei do meu pai e agr da minha mãe, ambos c alzaimer. Sou filha única e ajudo 2 tias, uma c alzaimer. Conto c a ajuda da minha filha 19 anos.
    Segunda, quarta e sexta ajudo as tias. O resto da semana cuido da minha mãe.

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    1. Soraia Boldarine

      Ilidia, quanta responsabilidade, hein?! Obrigada por dividir conosco sua história. Forte abraço

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    2. Francislene Aparecida Dos Santos Da Silva

      Olá meu nome é Francislene também cuido da minha mãe que teve um AVC a4 anos e agora está cada vez mais dependente e debilitada.E muito difícil vê lá indo embora aos poucos, pois já cuidei de meu pai por 6 anos e meio com AVC e Alzheimer. Tenho uma filha de 10 anos que né ajuda bastante mas o mais pesado e comigo, como banho, alimentação , levar ao médico, e TB sou filha única, sinto muito triste vendo minha mãe nesta situação, cuido com muito amor e carinho, mas dói muito saber que ela não vai mais ser a mesma pessoa de antes

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      1. Soraia Boldarine

        Ô Francislene, um abraço apertado em vc! É difícil mesmo. É um luto aos pouquinhos. Espero que dê tudo certo por aí, que vc se fortaleça e continue fazendo um ótimo trabalho com sua mãe. Obrigada por compartilhar sua história conosco! Forte abraço

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  5. Amanda Anjos

    Soraia, há muito tempo procuro sobre este assunto na internet. Muito fala-se sobre cuidados com pessoas idosas e Alzheimer, porém o caso com a qual convivo é bem diferente. Minha mãe aos 50 anos sofreu um AVC hemorrágico e desde então vive em estado de coma vigil, sem nenhuma possibilidade de reabilitação devido as lesões cerebrais profundas pela qual passou. E este é exatamente meu sentimento, luto em vida, vejo-a morrendo dia a dia e apesar de ser muito dura esta afirmação sei que este sofrimento apenas se encerrará com sua morte. Os dias não tem sido fáceis e estou me sentindo extremamente cansada, fisicamente, psicologicamente e espiritualmente, temendo ainda ter que viver nessa condição por muitos e muitos anos.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Amanda! Esta é realmente uma das situações mais difíceis de se viver com o adoecimento de um familiar e vc tem toda razão em suas palavras. Penso ainda não que não há muito o que fazer além de buscar se fortalecer seja fisicamente, psicologicamente e mesmo espiritualmente. Algumas situações somos colocados a escolher, mas outras simplesmente precisamos dar conta. Que seja da melhor maneira, então! Obrigada pelo comentário! Um abraço

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