POR QUE FOI VOCÊ QUEM SE TORNOU O CUIDADOR DO FAMILIAR DOENTE?

Tempo de leitura: 3 minutos

Você saberia responder a esta pergunta? Por que foi você quem se tornou o cuidador do familiar doente?Foi uma escolha consciente ou inconsciente? Outro dia escutei que o cuidador é aquele que foi o último a correr, não tendo tempo de escapar da árdua tarefa de cuidar. Será que seria isso mesmo?

Tantas questões não? Pois é! E na correria do dia-a-dia quem é que consegue parar pra pensar sobre isso? E aí surge outra pergunta: por que responder a esta pergunta pode ser importante pra você?

Sempre é importante sabermos onde estamos. Isto não modifica as coisas de forma prática muitas vezes, mas faz com que nos situemos e possamos nos posicionar de outra forma perante a situação que enfrentamos. Se você sabe que a única pessoa que poderia ser o cuidador do familiar doente é você então não muda muita coisa na sua vida prática, mas será que isso poderia trazer mais empatia pelo doente ou pela situação que ele enfrenta?

Ao mesmo tempo perceber o porquê foi você quem se tornou o cuidador pode te fazer olhar ao redor e perceber se há outras pessoas que na prática poderiam dividir o trabalho com você ou até mesmo assumir o seu lugar. Em algumas casas é possível ter mais de um cuidador, existindo um cuidador primário e um secundário ou outros cuidadores secundários. Por isso, eu escrevi de forma objetiva as tarefas de um cuidador familiar e as possibilidades de divisão de cuidado com outros membros da família.

Histórias

Uma vez conheci uma família em que cada familiar possuía uma função. Um era responsável por pagar o plano de saúde e administrar toda a vida financeira relativa ao cuidado, outro por comprar tudo aquilo que fosse necessário, outro por preparar as refeições e administrar a medicação e outro ainda para trocar as fraldas e dar o banho. Conseguindo assim dividir as tarefas de forma igualitária sem que nenhum dos familiares deixasse de participar, mas assumindo funções diferentes e complementares.

No entanto, sabemos o quanto isso é difícil ocorrer de forma unânime nas famílias. Pelo contrário: temos normalmente outras duas situações bem mais complicadas. Uma delas está relacionada ao fato de que temos idosos cuidando de idosos, sem ter a possibilidade de contratar uma pessoa que possa prestar os devidos cuidados ou um familiar que possa efetivamente assumir os cuidados daquele ente doente.

Quando há uma empresa de assistência domiciliar cuidando do paciente (isto acontece quando o idoso possui plano de saúde), em geral, este cuidador não pode ser idoso. As empresas, por uma questão de segurança acabam pedindo para que a família providencie outra pessoa que possa não só assumir os cuidados como também receber orientações da equipe multiprofissional sobre as condutas adotadas, bem como treinamentos.

Outra situação seria o fato dos casais terem filhos mais tarde, priorizando num primeiro momento a vida profissional e financeira. Neste caso, temos cuidadores adultos sobrecarregados, pois cuidam de filhos pequenos e muitas vezes de idosos.

Enfim, como muitos dos posts que publicarei aqui, você perceberá que não existe resposta correta, justamente porque a ideia é provocar a sua reflexão sobre a sua realidade, a sua vivência.

E qual é a sua experiência? Conta pra gente! Deixe o seu comentário e compartilhe conosco. Não deixe também de curtir e compartilhar este conteúdo!

Nos vemos no próximo post 😉

73 Comentários

  1. Maria Celeste F Tebaldi o

    Porque ela é sozinha, ela minha tia e madrinha. E com essa responsabilidade a minha saúde física e mental não andam nada bem. Obrigada por me ouvir.

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    1. Soraia Boldarine

      Oi, Maria Celeste! Tudo bem?
      Desculpe a demora em responder seu comentário, mas estamos na maior correria preparando com muito carinho nosso evento. Pelo que entendi, você é a única cuidadora possível. Uma missão nada fácil, imagino! Acredito que nosso evento poderá te ajudar muito a organizar sua rotina de cuidados. Obrigada por compartilhar sua história conosco. Eu te vejo no nosso evento! Um abraço, Soraia Boldarine.

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        1. Soraia Boldarine

          Olá, Maria de Fátima! É uma situação muito difícil mesmo cuidar de um familiar com demência e sem nenhum outro suporte que não seja você mesma. Espero que você encontre aqui no blog algo que te ajude a melhorar a sua rotina de cuidados com a sua mãe e com você mesma. Obrigada pelo comentário! Forte abraço

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        2. Fabiana

          Meu marido cuida sozinho tem outros irmãos q não ajudam o pai dele está no hospital e a irmã dele na praia..eu como nora não posso me meter,mas interfere na nossa vida diretamente.E ele não fala..toma conta de tudo falou que falar não adianta.. não pode obrigar.. já foi no MP e nada…como uma filha não ajuda deu pai

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    2. ELIZA MARA ROMANCINI

      Fiquei como cuidadora pelo fato de estar desempregada e entendem a família que estou a disposição pra cuidar. São meu sogro e minha sogra que não aceitam morar com os filhos e nem aceitam uma cuidadora ou acompanhante estranha, acham que não tem necessidade, ele está com 85 anos e ela com 81 anos e a cabeça já não ajuda muito, esquece de tomar seus remédios, etc., não requerem comer, etc., minha sogra ainda quer dirigir e os três filhos, um trabalha, a filha é do lar e o outro filho mora no sítio em outra cidade, não tendo tempo de cuidar de seus pais.

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      1. Soraia Boldarine

        Olá, Eliza! Obrigada por dividir sua história conosco. Realmente cuidar não é nada fácil, mas tenho certeza que você obtém muito sucesso nessa empreitada. Obrigada pelo comentário! Abraço, Soraia.

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    3. nezia cheles martins

      Eu sou a unica disponivel em casa tenho sete irmas 5 irmaos mas a unica solteira disponivel sou e que moro na mesma casa junto com minha filha optei por largar o trabalho pois nao pode deixar sozinha minha.mae tem tres anos de DA estagio leve moderado graças a Deus ela tem 79 anos

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      1. Soraia Boldarine

        Olá, Nezia! Tenho certeza que vc faz o seu melhor, apesar de não ser nada fácil cuidar. Obrigada pelo seu comentário e por dividir um pouco de sua história conosco! Abraço

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    4. marluciafeitosa

      Resolver ser a cuidadora por que tinha mais jeito mas paciência e sim mudei minha vida desde 2008. Sair de uma capital e fui moral em uma cidade do interior muito pacata pra cuidar de minha mãe tem dias que me sinto muito cansada mas minha mãe e uma pessoa amável de uma gratidão invejável, que vale a pena renunciar pra cuidar dela.

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      1. Soraia Boldarine

        Olá, Marlucia! Cuidar é uma das tarefas mais difíceis, como eu digo sempre, mas fico feliz em saber que vc consegue fazê-lo da melhor forma possível para sua mãe. Obrigada por compartilhar cuidado conosco! Abraço

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    5. Paula costa

      Oi Maria Celeste boa tarde , estou no mesmo barco cuidava por 7 anos da minha sogra e da sogra dela que faleceu dia 28 de Dezembro sempre sozinha pois ninguém nem perguntava no zap sobre ela , hoje cuido da minha sogra em estado terminal da doença de Parkinson e Alzaimer em estado vegetativo a 6 anos , não tenho ajuda de ninguém meu cunhado e um zero a esquerda não ajuda nem ao menos visita a mãe , não recebo nem 1 real por isso , hoje minha sofra se encontra com engasgos frequentes podendo falecer a qualquer momento engasgada , os médicos estão tentando ver o que pode ser feito pois no estado dela tudo e complicado , o que eu poderia fazer lembrando que ela tem herança por parte dos pais dela , e a parte dela na casa dela que o filho mora e não ajuda em nada , e nos aki pagamos aluguel e sem nenhuma ajuda

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      1. Soraia Boldarine

        Que situação difícil, Paula! Obrigada por compartilhar conosco a sua vivência. Força! Abraços

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    6. MARIA DOS ANJOS MENDES DE CARVALHO

      Tenho 67 anos, sou aposentada, cuido da minha mãe que tem 94 anos e tem mal de alzhemeir e é aposentada. Somos dois filhos,o meu irmão trabralha , já esteve com ela uns 4 anos no inicio da doença. Dar ajuda financeira e vem vê-la os fins de semana e algumas vezes vem para dormir. Tenho direito de receber do INSS alguma ajuda?

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      1. Soraia Boldarine

        Maria, eu penso que sim, mas não tenho certeza. Eu iria até um posto do INSS me informar, se fosse vc.

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  2. Valéria Aquilino Reis

    Olá. Parabéns pelo trabalho. É útil, agrega muito, esclarece dúvidas e principalmente oferece apoio, pois acho que todos sentimos a angústia da”solidão” nesta tarefa tão árdua.
    Eu sou da área da saúde. A única filha (tenho um irmão), estou aposentada e não tenho sangue de barata.

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    1. Soraia Boldarine

      Oi, Valéria! Tudo bem? Desculpe a demora em retornar seu comentário, mas estamos na maior correria preparando com muito carinho nosso evento. Cuidar não é nada fácil. Uma missão bastante solitária, como você mesma mencionou. Obrigada pelo comentário! É muito importante pra mim e me ajuda a produzir conteúdo relevante pra vocês. Um abraço, Soraia Boldarine.

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      1. mitika sawao

        tornei a cuidadora principal de meu marido.Meu filho veio morar comigo para me ajudar mas ele trabalha o dia todo e não tem horário fixo.Minhas filhsas tb trabalham o dia todo.Dispensei a faxineira para poder contratar um cuidador tre x por semana.Ele tem 84 anos e eu completo 79 em julho.Idoso cuidando de idoso.Ando super cansada e esgotada.Muitas vezes perco a paciencia e me sinto mal.Obrigada pelas orientaçoes beijo grande

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        1. Soraia Boldarine

          Olá, Mitika! Obrigada por compartilhar cuidado conosco. Talvez seja interessante conversar com seus filhos. Realmente, temos uma situação idoso cuidando de idoso, o que não é nada raro. Pode ser só uma questão de ajustar a rotina no seu caso. Espero que dê certo! Abraço

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  3. Ana Maria Domingues de Oliveira Belleza

    Minha experiência sobre o assunto é muito diversificada. Sou fonoaudióloga, tenho 43 anos de profissão, e nos últimos 20 anos tenho me dedicado e capacitado especificamente a pacientes graves, com moléstias neurodegenerativas, progressivas ou oncológicas, Tenho diversas pós no assunto (aprimoramento em Cuidados Paliativos , Saúde do Idoso, Nutrição em casos especiais) inclusive Especialização em Disfagia e Cuidados Paliativos. Trabalhei no Serviço de Atendimento ao Acamado do Programa Médico da Família em Sorocaba por 9 anos, e atualmente há 7 anos na Prefeitura de Araçoiaba da Serra, onde desenvolvo um projeto de Envelhecimento Saudável. Sou responsável pela ABRAZ – Associação Brasileira de Alzheimer em Araçoiaba. Dou formação nos ESF sobre cuidados com o idoso e também em cuidados paliativos.
    Além disso, há 21 anos meu irmão sofreu um acidente no mar, e ficou tetraplégico. Nossa vida é voltada para o cuidado dele, que aliás trabalha diariamente, na Prefeitura de SP(SP Turis_ com acessibilidade. Fez a acessibilidade do Autódromo de Interlagos e também dos camarotes do Carnaval, dentre inúmeras ações (veja o face dele, Roberto Belleza) Portanto, minha experiência com cuidados no domicílio vai além do campo profissional…
    Agradeço a a oportunidade de participar do seu curso!!!!
    Ana Maria D. O. Belleza

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    1. Soraia Boldarine

      Oi, Ana Maria! Tudo bem? Desculpe a demora em retornar seu comentário, mas estamos na maior correria preparando com muito carinho nosso evento. Obrigada você por compartilhar sua história de vida e profissional conosco. Eu aguardo sua sugestões e críticas ao nosso evento! Te vejo por lá! Um abraço, Soraia Boldarine.

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  4. Marta Calderan

    Cuidei de minha mãe nos últimos 5 anos de vida(faz 4 q ela partiu). E ficou comigo a maior responsabilidade por uma junção de fatores: eu morava com ela, tinha disponibilidade, conhecia todo o histórico médico dela, tenho facilidade e gosto de conversar com os médicos, e ela confiava em mim. Sempre tive ajuda dos meus irmãos quando houve necessidade. Nunca se negaram nos cuidados, embora tivessem menos jeito que eu. Atualmente cuidamos do meu pai. Ele mora com meu irmão e eu acompanho em todos os médicos, pela facilidade que citei acima. Entendo melhor os procedimentos e como ministrar as medicações e acabo tendo mais paciência pra explicar pro meu pai. Não vejo problema nisso, embora saiba da dificuldade que existe em tratar com o idoso. Ainda mais se ele apresenta teimosia e resistência a algumas coisas. Mas logo serei cuidada por alguém… afinal a idade chega para todos!!!

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    1. Soraia Boldarine

      Oi, Marta! Tudo bem? Desculpe a demora em responder seu comentário, mas estamos na maior correria preparando com muito carinho nosso evento. Cuidar não é nada fácil, mas se tornou uma missão possível pra você e sua família, creio que justamente porque vocês são unidos e se entendem no cuidado. E você tem razão, a hora de todos nós sermos cuidados chegará. Obrigada por compartilhar sua história conosco. Um abraço, Soraia Boldarine.

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      1. Me tornei cuidadora da minha mãe por ela ter me adotado junto com mais um irmão, ela é casada, porém nao teve filhos, vendo a rotina dela com mudanças frequentemente, decidi cuidar dela

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        1. Soraia Boldarine

          Olá, Raimunda! Uma atitude louvável a sua. Nem sempre escutamos histórias de dedicação com pais adotivos. Fico feliz em saber que vc faz o seu melhor pra cuidar de sua mãe. Obrigada por compartilhar cuidado conosco! Abraço

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    2. Jussara Maria da Silva

      Oi! Td bem? Está é a minha terceira experiência como cuidadora.Meu esposo teve câncer de esôfago, cuidei dele por nove meses.Faz 10 anos que partiu.Depois minha mãe adoeceu cuidei dela por seis meses.Agora estou cuidando do meu companheiro a três anos tmb com câncer.Acredito ser uma missão a mim designada.Mas confesso estou cansada.

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      1. Soraia Boldarine

        Olá, Jussara! De fato, algumas pessoas em determinadas famílias acabam assumindo a função de cuidadora diversas vezes e com diferentes familiares. Parece que essa é sua história. Cuidar é uma tarefa nada fácil, tenha certeza! Acredito que a 1º Semana do Cuidador Familiar poderá te ajudar a cuidar melhor de si mesma. Lá alguns palestrantes falarão justamente sobre a importância do auto-cuidado. Já fez sua inscrição? Espero te ver lá. Abraço

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  5. Maria de Fatima Paschoalin Gonçalves

    Oi cuido dos meus pais sozinha tenho um irmão mas ele paga a Unimed pro dois ai o trabalho de cuidar levar ao médico fazer compras comprar remedios se precisar ficar no hospital fica tudo por minha conta. Meus pais moram comigp deste que me casei a trinta anos eles moram na casa deles e eu na minha mesmo terreno. E desde então tive que assumir a responsabilidade de tomar conta deles. Tenho uma prima que me ajuda quando preciso meu marido também ajuda. Bem acho que é só.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Maria de Fatima! Obrigada por compartilhar sua história conosco. Cuidar não é nada fácil, mas saber que você poder minimamente contar com o apoio de outros familiares, já é muita coisa! Já se inscreveu na 1º Semana do Cuidador Familiar? Tenho certeza que o conteúdo de disponibilizaremos ali poderá ajudar-lhe ainda mais e melhor a cuidar de seus pais. O evento é gratuito! Abraço

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  6. Elisabeth Pereira Santana

    Minha irmã é quem cuida do meu pai porque eu sempre viajo para visitar minha filha e meu genro e a minha netinha em São Paulo. Com isso minha irmã fica só com as responsabilidades e claro sobrecarregada e ela só conta comigo. O márido dela genro do meu pai só utiliza o dinheiro dele para os gastos necessários. A pareeleição mais difícil ficar com a minha irmã e todo ano viajo pra lá para ajudar. Enfim é uma tarefa árdua e eu vejo muito pouca saída pra essa situação pois o cuidador fica mais sempre original último. Último que toma banho almoça dorme quando dá porque de noite levanta por várias vezes. Difícil existir algo que melhore essas situações. Peço muito à Deus sabedoria e paciência até quando for permitido por Deusar.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Elisabeth! Realmente cuidar é uma das tarefas mais difíceis e limitantes que precisamos exercer. Às vezes, pequenos gestos já ajudam o cuidador a se aliviar, como o fato de poder escutá-lo, entre outras coisas. Tenho certeza que a 1º Semana do Cuidador Familiar poderá ajudar à você e à sua irmã a cuidar ainda melhor de sua mãe. Vocês já se inscreveram? O evento é gratuito! Abraços

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  7. Zania de Fatima

    Bom dia… Eu também cuido de minha mãe de 86 anos. Ela anda com auxílio de um andador. A cada dia anda menos. A memória dela está comprometida. Algumas vezes, chego a pensar, se ela não lembra mesmo ou é uma forma de fugir da realidade. Ela costuma dizer que não quer mais viver, já que não consegue fazer mais nada só.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Zania! Essa é uma situação muito difícil e a depressão em idosos é algo crescente e que precisa ser olhada de frente. Você já pensou em procurar psicoterapia pra ela? Por conta da dificuldade de mobilidade dela há profissionais que poderiam atendê-la em casa. Veja se é possível! Abraço

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      1. Gleiciane Barrence da Silva

        Olá eu sou cuidadora de minha irmã esquizofrênica que passa a maior parte do tempo dopada. E cuido também da minha mãe ela tem só 65 anos mas é como se fosse bem mais velha. Ela anda com auxílio de muleta. Ela é sobrepeso. E não gosta de fazer dieta. Comprei um triciclo pra ela fazer exercícios e tento andar com minha irmã fora do horário do efeito dos remédios. Mesmo assim elas são muito sedentária. Fazem algumas coisas com muita dificuldade. Pequenas coisas. Cuidar da casa, das roupas e delas tem suco parte da minha vida. Eu não moro com elas mas vou todos os dias lá. Prefiro ter um espaço pra respirar e descansar. E me sinto culpada porque as vezes não consigo ajudar em tudo que elas precisam mas eu tenho que trabalhar e cuidar de mim. Senão não dou conta.

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        1. Soraia Boldarine

          Oi Gleiciane! Obrigada pelo seu relato. Isso aí, vc precisa cuidar de vc! Não há problema algum nisso. Só me chamou atenção no seu relato sobre sua irmã estar sempre dopada. O esquizofrênico não precisa estar dopado. Há outros tratamentos possíveis, além do medicamentoso.

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  8. lucia

    Porque não tenho coragem de vê minha mãe bolando na casa de um e de outro, tenho um filho mas como não tenho marido resolvi voltar a morar com meus pais pra cuidar melhor deles perdi meu pai faz quatro anos e agora cuido da minha mãe que está com 79 anos e tem alzheimer cuido sozinha porque acham que a responsabilidade é minha porque morro com ela. os outros vem só de visita.

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    1. Soraia Boldarine

      Lucia, em primeiro lugar, obrigada por dividir sua história conosco. E, pelo que entendi, você é a única cuidadora possível para sua mãe. Uma tarefa árdua e nada fácil. Você já se cadastrou na 1º Semana do Cuidador Familiar? Tenho certeza que boa parte do conteúdo que trabalharemos ali te ajudará a cuidar ainda mais e melhor da sua mãe. Abraço

      Responder
  9. Maria de fatima

    Sou cuidadora de uma neta que está com 4 anos que é especial tem problema auditivo é imperativa muito agitada faz várias terapias e sou eu quem corro com ela p tudo pois minha filha viaja muito.a trabalho e.separada e o pai quase não vem ver a filha as vezes a família do pai fica com ela no fi. De semana mais isso é raro acontecer é como gesso ando muito stressada e minha filha só tem a mim.para ajudala.o que fazer nessa situação as. E,essa dá vontade de largar tudo pq tô muito.nao tenho mais vontade de sair passear mais tbm não sei como resolver isso pensei até em chá.ar a família do pai e pedir ajuda pelo menos a cada 15 dias deles estar ficando com. Menina nos fim de semana mais percebo que eles não querem querem somente pegar tipo no domingo de manhã e entregar a tarde é o pai vê raramente a menina e qdo vê tbm é do tipo de sábado p domingo me ajude como devo agir

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    1. Soraia Boldarine

      Maria de Fatima, é uma situação bastante complexa a sua, mas eu lhe diria duas coisas: 1) A responsabilidade pelo cuidado de sua neta é partilhada entre você e sua filha. Diga à ela o que pensa e sente e tentem achar a melhor solução para a família de vocês. 2) Já pensou em retomar sua vida social, minimamente que seja, ou até mesmo procurar psicoterapia? Espero ter ajudado! Conte conosco. Abraço

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  10. Leonor

    Por que ela é minha mãe! Eu e meu irmão conseguimos dividir as tarefas. Ele cuida de fazer as compras, comprar os remédios, dividi-los em potinhos para serem tomados durante o dia, fazer os pagamentos e nos transportar aos lugares. Também tenho ajuda durante a semana de uma prima, que vem durante o dia. Finais de semana fico sozinha com ela. Mesmo com toda essa divisão ainda é um dia a dia cansativo.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Leonor! Não tenho dúvidas do quanto é cansativo cuidar. Mas fico feliz também em saber que você pode contar com familiares para cuidar de sua mãe. Isso é uma ajuda e tanto! Obrigada por dividir sua história conosco. Abraço

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  11. Rosario carvalho

    Ainda não sei,de repente me vi com uma responsabilidade enorme,só sei que foi comodo para todos,e eu cheia de problemas de saúde,marido,filho,trabalho,e uma mãe e um irmão deficiente fisico e mental,me sentindo sobrecarregada e sem poder contar com ninguém!acho que não vou aguentar,preciso de ajuda psicológica.

    Responder
    1. Soraia Boldarine

      Olá, Rosario! A tarefa de cuidar não é nada fácil e, pelo que entendi, você é a única cuidadora possível de alguns familiares. A carga é realmente pesada. Já pensou em procurar ajuda psicológica no posto de saúde da sua região? Alguns postos oferecem este serviço individualizado e outros apenas em grupos. Acho que vale a pena procurar em clínicas escolas de Universidades também, como no caso da USP, da PUC-SP e outras tantas faculdades. Espero ter ajudado e que você possa encontrar aqui em nosso canal dicas e facilidades que te ajudem no dia-a-dia. Conte conosco! Abraço

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  12. Ítala Nascimento

    Por amor aos meus Pais , esse seria o princípio de tudo e o sentimento que me fez e faz suportar tanta dor em ver minha mãe indo aos poucos … Sou a mais nova de três irmãos e filha única mulher , ou descobrir a doença da minha mãe imediatamente resolvi acoler meus Pais em minha casa , meu anjo esposo também os acolheu e estamos até hoje com a nossa mãezinha em casa . Agradeço a Deus pela oportunidade de poder cuidar da minha mãe , hoje sou outra pessoa . Força e fé a todos .

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    1. Soraia Boldarine

      Ítala, obrigada por dividir sua história conosco. Não é fácil mesmo cuidar e acompanhar um familiar em sua velhice, mas principalmente, quando sabemos que as coisas caminharão para fim. Apesar de sabermos que todos nós teremos um final neste mundo, creio que seja um dos momentos mais tristes. Mas tenha certeza também que você tem muito sucesso em sua missão. Abraço, Soraia.

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  13. Lena Mira

    Porque eu me tornei cuidadora?
    * Porque eu sempre soube que cuidaria de mamãe. …
    * Porque meus irmãos nunca se preocuparam com meus pais, eles sempre acharam que meus pais não ficariam velhos, sempre se mantiveram longe.
    Hoje os dois irmãos já faleceram. … Eles sempre falavam que não iriam chorar quando meus pais falecerem….. de um modo ou de outro, eles acertaram.
    * eu sempre estive por perto, mesmo depois de casada, sempre estive perto….
    * sempre soube que cuidaria deles
    * quando minha mãe informou Eu estava lá …
    * quando operou do ❤ Eu estava lá. ..
    *Nas consultas médicas Eu estava lá
    * quando os pontos abriram após a cirurgia, Eu estava lá. ..
    * nos diversos AVC, Eu estava lá
    * quando a demência começou Eu estava lá
    * Estudei sobre Demencia , sobre alzheimeredes
    * fiz curso de cuidador de idosos, porque sabia que me ajudaria a cuidar deles….
    *Sai de um ótimo emprego, o melhor da minha vida, para cuidar de minha mãe.
    * porque era a hora de me dedicar a minha mãe, com alzheimer e a meu pai com parkinson.
    Porque ????
    Porque sempre soube. .. Porque me preparei para isso…. Porque era a coisa certa a fazer….. Porque escolhi cuidar deles…. Porque os amo…..
    Eu escolhi cuidar e isso não me tornou uma pessoa triste , amarga , deprimida .
    Fácil não é. … bonito também não. ….
    É ESCOLHA E EU ESCOLHI .
    Porque me tornei cuidafora

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Lena! Cuidar creio que seja uma das tarefas mais difíceis que existem, mas mais difícil ainda é encontrar uma cuidadora como você, que demonstra uma clareza prática e emocional muito grande a respeito de sua missão. Parabéns! E obrigada pelo comentário e por dividir sua história conosco. Abraço, Soraia.

      Responder
  14. Sergio Luiz

    Tornei-me cuidador pelo simples motivo de que , no meu caso, não poderia abandonar minha mãe no momento em que ela mais precisou e precisa. Outros familiares ate se dispõe, mas creio que seja uma disposição apenas por obrigação, ou por não conhecer o verdadeiro ato de cuidar. Ouço muitos dizerem que sou um herói, que estou de parabéns e muitos mais, porem faço de coração e creio ter sido capacitado por Deus.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Sergio! Obrigada pelo comentário e por dividir sua história conosco. É realmente muito raro ter um cuidador homem nas famílias, ainda mais com essa clareza das funções e obrigações com relação ao papel do cuidador que você demonstra ter. Parabéns! Abraço, Soraia.

      Responder
  15. Elisabeth Claudia M. Melo

    Olá Soraia, Boa tarde!
    Me tornei a cuidadora, por ser a unica filha mulher e, também porque minha mãe se sente segura comigo.
    Sabe que pode contar comigo .Meus irmãos não ligam muito.Parei de trabalhar a pedido do medico dela P\
    ficar por conta.
    Mas como adoro trabalhar, tá sendo uma barra viu

    Responder
    1. Soraia Boldarine

      Olá, Elisabeth! Obrigada por dividir sua história conosco. Precisamos trabalhar muito ainda essa questão na nossa cultura de que só as mulheres podem ser cuidadoras, não é mesmo? Todos temos responsabilidades e podemos assumir uma parte dos cuidados com nossos familiares. Obrigada por comentar! Abraço, Soraia

      Responder
  16. Aurilene Lopes Corrêa

    Olá, tornei-me cuidadora de minha mãe por vários motivos:
    Somos só eu e minha irmã de filhas.
    Minha irmã cuidou de nosso pai por vários anos pq ele sofreu AVC e ficou 17 anos sem andar e sem falar (nos primeiros anos mainha cuidou).
    Minha irmã é mais velha que eu 17 anos.
    Mainha tem um temperamento dificil e sempre foi mais apegada a mim. Então eu sempre soube que eu cuidaria dela.
    E foi assim que voltei prá Recife (morava em Caruaru) . O meu marido até hoje não aceita muito bem e o casamento está por um fio.
    Porém qad vejo a fragilidade, o qto mainha precisa de mim tenho ctz de q fiz a escolha certa e q se ele n está do meu lado pra me apoiar, ele n me merece.
    Sei que o fato de ser idosa nao isenta minha irmã de tb cuidar. Mas percebo q tds esperam q o cuidador peça pra ser ajudado, substituído por um tempo.
    Vejo q tds se programam: vou pra tal lugar, vou viajar mas ng fala: hj vou ficar aqui e vc pode sair ou msm ficar mas sem cuidar.
    Não. Eles esperam que eu diga: eu vou sair tal dia.
    Nao acho q deveria set assim. Creio q tds sabem de suas responsabilidades e deveriam assumí-las.
    Fico a maior parte de tempo com mainha que é portadora de alzhemeir, estágio intermediário e q inspira cuidados.
    Minha irmã é curadora de mainha, recebe a pendão dela, pega medicamrntos na fcia do estado, compra outros, essas coisas.
    Eu pago contas, faço feira, essas coisas.
    Gostaria de ter um tempo pra mim sem q fosse peeciso pedir.
    Esse impedimento de sair é usado pelo meu marido como desculpa: vc n pode sair pq tem q cuidar de sua mãe.
    Por isso estamos em vias de separação.
    Mas n me arrependo de cuidar de mainha de forma alguma.
    Faria td outra vez com ctz.

    Responder
    1. Soraia Boldarine

      Olá, Aurilene! Por mais que saibamos de nosso papel como cuidadoras e que o fazemos com amor, nem tudo é perfeito e as coisas poderiam ser bem melhores sim. Mas percebo também que você tem clareza das coisas e tem conseguido lidar com seu dia-a-dia, apesar de não ser nada fácil. Obrigada pelo comentário e por dividir sua história conosco. Abraço, Soraia.

      Responder
  17. Giovana Rosa dos Santos Freitas

    Como eu sou a filha que mora mais perto fiquei responsável de dar suporte ao cuidador principal que é a minha mãe, até porque ela também é idosa então todas as atitudes e iniciativas parte de mim, mas isso não quer dizer que esteja sobrecarregada as tarefas são divididas com a minha irmã mais nova somos três e dentro do possível e nossa realidade dividimos tudo.

    Responder
    1. Soraia Boldarine

      Olá, Giovana! Que bom saber que vocês conseguem se entender e se organizar. Cuidar já não é uma tarefa muito fácil, sem conseguir se organizar então, as coisas ficam praticamente impossíveis. Obrigada pelo comentário e por dividir sua história conosco. Abraço, Soraia.

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  18. Marta Paiva

    Sou a filha mais velha e única mulher, minha mãe começou apresentar problemas qdo ainda trabalhava mas dava para administrarmos. A empresa faliu e desempregada me tornei cuidadora. Meus irmãos confiam mais dos meus cuidados do que deixar com profissional e além disso cuido dos serviços de casa. Já vai fazer 2 anos mas não sei se estou preparada, pois me sinto cansada e sei que a demência só irá progredir. Quanto aos meus irmãos, me ajudam financeiramente pois um mora em outra cidade e outro tem filho pequeno. Peço a Deus muita ajuda.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Marta! Cuidar é uma das tarefas mais difíceis e fico aqui pensando se existirá um momento em que nos sentiremos preparados para cuidar de nossos familiares. É muito difícil, de certa forma, vê-los partindo. No entanto, tenho certeza que vc está fazendo o seu melhor e buscará sempre fazê-lo. Obrigada pelo comentário e por dividir sua história conosco. Abraço

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  19. selma

    Fui surpreendida com a doença da minha mãe. E eu e minha irmã tivemos que cuidar.
    Mas foi complicado, minha era casada tinha a filha pequena e trabalhava fora. E é muito difícil tratar o doente sem experiência. Quero ter noções de como cuidar.

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Selma! Vc tem razão! Cuidar é uma das tarefas mais difíceis, mas tenho certeza que vc e sua irmã conseguirão cuidar de sua mãe. Inscreva-se na 1º Semana do Cuidador Familiar que tenho certeza que as informações contidas ali poderão lhes ajudar a cuidar ainda mais e melhor da sua mãe, mas de vcs mesmas. Obrigada por dividir um pouco de sua história conosco! Abraço

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  20. Oi meu tudo nome é Mariana pois ajudo meu esposo a cuidar dos pais deles que hoje moram na minha casa ..ois tenho 4 crianças pequenas e tá difícil a convivência pois se não eu ou meu esposo cuidar deles eles não tem mais ninguém além de bois dois mais minha sogra tem uma filha que não ajuda em nada nem remédio nenê preciso leva Los para hospital ou upa se ser algo neles meu sogro tem trambose tem coração grande tireóide e outras os problemas. E minha sogra também tem problemas cardiacos epouco oxigênio no sangue etc..mais tem um porém em tudo isso eu também tenho problemas cardíacos fibromialgia tô com nic 2 cisto aracnoide na cabeça e osteoma escoliose hemangioma e depressão e pressão baixa e fora q minha filha também tem epilepsia e cardíacos .. o que vcs acham que mesmo assim tenho obrigação de ajudar a cuidar sabemdo que a outra filha está sem responsabilidade por eles

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Mariana! Eu sugeriria que vc conversasse com o seu esposo. Quando estamos em família, eu penso que a situação acaba sendo mais complicada mesmo por conta das relações interpessoais, mas nada que não possa ser resolvido ou, pelo menos, melhorado. E, independente de ter que cuidar dos seus sogros, busque se equilibrar. Vc mencionou uma série de doenças aí que não são legais para que vc tenha uma vida saudável. Para mim, o equilíbrio e a conversa são sempre as melhores soluções, sempre! Espero ter ajudado e obrigada por compartilhar conosco um pouco de sua história de vida. Forte abraço

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  21. Julia

    Oi Mariana, eu nao fiquei como cuidadora mas eu me culpo todos os dias e me saboto na minha vida o tempo todo pois nao me acho merecedora de nada. Fui para a casa da minha mae e fiquei 3 meses somente eu cuidando dela pois dei folga para meus outros 3 irmaos pois eles moram na mesma cidade dela e pra mim foi um pesadelo, pois eu nao durmia, eu so comia e engordei, eu acordava com a lista de coisas pra fazer para ela; medicos pra marcar, resultados de exames, contas etc. po Nao consegui ler um livro, ir ao teatro nada minha vida se gira em torno a dela. O problema no meu ponto de vista ‘e que ela esta doente a 23anos ela caiu na cama com 36 anos muito nova. Se eu soubesse que ela teria por exemplo mais 2 anos de vida eu voltaria para o interior e ficaria cuidando dela e depois eu tocaria minha vida mas o problema ‘e que a saude dela nunca melhora desde de seus 36. Eu sai da casa dela quando era jovem pra viver minha vida mas minha vida sempre foi atormentada pelo sentimento de culpa e as preucupacoes do dia a dia com ela. Ou seja se estou com ela nao tenho vida se saio de casa para ter minha vida fico me sabotando e me culpando o tempo todo. Por favor me de um conselho.
    obrigada

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    1. Soraia Boldarine

      Julia, a sua história me parece bastante complexa. Você já pensou em procurar ajuda psicológica? Penso que seria interessante pensar e compreender um pouco melhor o seu percurso de vida em relação à sua mãe. Obrigada pelo comentário e desejo que você possa lidar melhor com toda esta situação. Forte abraço

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  22. Bibiana

    Eu não tive escolha. Filha única. Tenho 38 anos e minha mãe 81. Uma pessoa difícil e bastante ingrata. Sou engenheira e estou perdendo meus clientes e meu futuro promissor. Sinto que minha vida foi roubada. Além de cuidar percebo sua necessidade de absorver toda a minha vida, minhas conversas, acabar com minhas amizades e me transformar numa idosa. Meu marido não aguenta mais essa situação e minha casa sempre há brigas.

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    1. Soraia Boldarine

      Bibiana, ser filha única parece ser um fardo a mais, justamente por não ter com quem dividir essas situações de cuidados, mas escutamos sempre muito relatos de famílias numerosas e que apenas uma única pessoa é a completa responsável pelo cuidado. Eu sei que é difícil, mas procure a ajuda do seu marido para juntos chegarem numa solução e não no afastamento entre vocês. Nenhuma decisão será fácil e simples, nenhuma! Mas há soluções possíveis para cada caso, para cada família e para cada bolso. Pensem nisso com cuidado! Obrigada pelo comentário e desejo fortemente que vocês possam achar uma solução bacana pra vcs. Forte abraço

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  23. Mirian Abigail Santos

    Ela é minha tia e meu filho de 30 mora com ela. Não quis deixa-la quando ficou doente. Meu marido é deficiente físico. Não estou aguentando mais, estou nesta situação a quase 3 anos. Ela está sempre doente e meu marido depois da pneumonia está cada vez mais fraco. Gostaria de fugir um pouco, só penso em dormir, ou pegar um ônibus pra bem longe. Estou aposentada como professora e assim vao se acabando meus dias…

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Mirian! Pelo seu relato, vc está vivendo uma situação de stress total. Entendo completamente a sua situação, mas talvez fosse importante vc ter atividades, mesmo que sejam em casa, que lhe dessem prazer ou te ajudassem a “fugir” dessa pressão toda. Nenhuma situação é suportável por tanto tempo se não temos um intervalo, se não damos uma arejada na cabeça. Cuidando de 2 pessoas então, a responsabilidade duplica. Espero que vc consiga se planejar para ter tempo pra vc e suas coisas tb. Obrigada pelo comentário! Forte abraço

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  24. Cristiane

    Eu tenho 24anos e minha mãe tem 59. Tenho 2 irmãos casados. Meu pai faleceu à 7 anos. Moro eu e ela, ela sofre de problemas metais e com uma úlcera na perna esquerda, eu trabalho no período da manhã, à tarde eu ajudo ela no banho, troco o curativo, levo ao médico, faço comida e limpo tudo.. enfim, ela depende de mim para quase tudo. E desde que me lembro foi assim, aprendi cedo a ajudar em casa. Moramos em uma cidade pequena do interior de minas. Sonho muito em fazer uma faculdade, fiz 2 anos de Química Licenciatura na cidade vizinha , porém tive que trancar devido a falta de tempo para me dedicar aos estudos. Também não tenho muito tempo para meu namoro, ele é um anjo entende bem a minha falta de tempo, me ajuda até. Minha mãe é tudo pra mim e eu sou tudo pra ela. Às vezes sinto um sentimento de frustaçao por não ter me formado como meus amigos, por não poder dar mais conforto e qualidade de vida para ela. Como lidar?

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    1. Soraia Boldarine

      Olá, Cristiane! Então, não existe uma fórmula para lidar com tudo isso. Mas há uma coisa super importante para todo cuidador familiar que é a imposição de limites. Talvez, se vc puder refletir sobre isso, sobre o que te faz feliz, sobre o que sente falta e como arranjar as coisas para as suas realizações, é possível que vc se sinta mais feliz, mais realizada. No entanto, isso tb não é uma fórmula. A cada passo dado, a cada momento vivido, é importante que vc tenha tempo para refletir sobre eles. Espero ter podido te ajudar! Forte abraço

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  25. Lusiaria Oliveira Nascimento

    Bom dia!! Há dez meses deixei meu trabalho e casa em SP e vim p Macaé pra cuidar de uma irmã especial e acamada..Somos em 8 irmãos, porém, 4 deles já abandonaram ela. Eu, meu pai (de 88anos) estamos na casa de uma irmã. A outra mora em Nova Iguacu e ajuda um pouco nos exames. Só que a função de cuidadora ficou toda pra mim..e tbem as tarefas nas ruas..tudo sou eu q resolvo..até hj não tive uma folga..fico direto de domingo a domingo..não estou AGUENTANDO mais..Tô com muitas dores na coluna, sou hipertensa e pré diabética..Ontem eu conversei sério com minha irmã e disse q daqui pra frente cada uma vai cuidar dela por 4 meses. Pois eu sou a única que tô vivendo p ela integralmente e com minha vida totalmente parada..Preciso saber se estou errada com essa decisão. .Obrigada.

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    1. Soraia Boldarine

      Oi Lusiaria! Por que vc estaria errada? É importante poder falar sobre o cuidado e identificarmos os nossos limites. Como vc disse, há outras pessoas que podem cuidar de sua irmã além de vc. Por que não dividir? Que bom que conseguiu falar sobre isso. E obrigada por dividir conosco! Espero que dê tudo certo. Abraços

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  26. Bernadete Cristina Polliti Ferreira

    Tenho um irmão que esta internado com demencia, ele tem esposa e filhos de 24 e 17 ela e o de 24 anos trabalham fora.
    Estou ajudando pagar uma cuidadora para dormir 5 vezes a semana e com isso ainda ficam 2 dias que no momento minha cunhada esta dormindo.
    Tenho ficado todas as tardes com ele, mas mesmo assim as irmãs dela acha que eu que devo dormir com ele, pois minha cunhada esta mt cansada, só que eu comecei a ajudar a pagar a cuidadora para minha cunhada não mais precisar ir, pois a cada dois dias dormia a cuidadora, minha cunhada uma irmã dela.
    Só que agora a irmã dela falou que não pode ir mais e fica forçando a barra pra eu ir, falei que não vou porque não vou deixar minha mãe sozinha a noite, pois já tem 82 anos e eh diabetica, fora que tenho minha familia, então tenho minha casa e da minha mãe pra cuidar.
    Já estou ficando cansada também e acabou que os dias que estou pagando pra cuidadora pra ir nos dias que minha cunhada estava indo na realidade estou pagandoos dias da irmã dela, pq minha cunhada continua indo revesar com a cuidadora e este dinheiro eh doação da minha familia, pois não tenho como assumir este gasto sozinha.
    Gostaria de saber se é minha eh obrigação assumir isto, ou se eh uma ajuda que posso dar sem que influencie no meu dia a dia o que já esta acontecendo. Já estou em tratamento com psiquiatra.

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    1. Soraia Boldarine

      Bernadete, como é uma questão familiar, a melhor coisa é sempre conversar. Mas, de fato, vc precisa se posicionar e ser firme com relação às responsabilidades que vc quer e pode assumir. Lembre que além de ajudar com seu irmão, vc ainda precisa cuidar de vc e de sua mãe. Espero ter te ajudado. Abraços

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